Alfarrobeira

O ananás chegou aos Açores no século XIX, como planta ornamental. O sucesso foi tal que substituiu a produção de laranja, em declínio.

A tropa trouxe-o da Mealhada para os Açores e por São Miguel acabou por ficar. António Gaudêncio nasceu em 1968 e teve mil e uma atividades. Empreendedor, andou pelos cabeleireiros, alumínios... até que a paixão pelas plantas veio ao de cima. No terreno atrás de casa cultiva o horto e faz as mudas, no Mercado da Graça vende ao público, local e turista. 

Gaudêncio percorre o horto e fala das plantas como se de amigos se tratassem. Além das espécies endémicas dos Açores, cerca de cem, ali tudo cresce com exuberância e vigor. O clima ameno e a humidade alimentam o verde, em contraste com azul do mar logo ali no horizonte. Cafeeiros, palmeiras e fetos, camélias de todas as cores e feitios, bananeiras, araucárias, limoeiros galegos e até a erva ora pro nobis crescem na horta do Gaudêncio e, se ouvirmos os seus conselhos, quem sabe frutifiquem nos nossos vasos ou canteiros.

A produção de leite de vaca e de carne de bovino são as principais atividades agrícolas dos Açores. Há quem diga que as vacas de São Miguel são as mais felizes do mundo. Pastoreiam livres em regime extensivo nos campos verdes da ilha, com vista para o mar e com menor impacto no ambiente. A vaca faz parte da paisagem de São Miguel. 

A romãzeira cresce de forma espontânea na serra do Caldeirão, sem cuidados ou tratamentos. Cultura de sequeiro, a romãzeira é uma planta hermafrodita. No outono e inverno frutifica e dá cor à paisagem.    

De tronco retorcido e sombra generosa, as figueiras espalham-se pelo Algarve como guardiãs silenciosas da paisagem. No final do verão, o cheiro doce das figueiras maduras enche o ar quente, anunciando o tempo da colheita.

Nos meses de inverno, quando o céu está mais claro e o ar mais fresco, as laranjeiras do Algarve pintam o campo de cor e promessa. Os ramos carregados de fruta iluminam pomares e quintais, e o aroma cítrico mistura-se com a brisa vinda do mar.